quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Vinho de Mesa


Fui por aí cambaleando
Bebendo esta água de beber
Escorregando na calçada infecta
Fui por aí vagueando
Liquefiz-me em porta certa
Rota a vida, imundo ser

Mas é preciso continuar
De porta em porta
Como um outro que penetra
E nem sempre acerta!
Que fazer?
-Pardonez moi, foi só um copo a mais
Ou talvez descurando os sinais
Um copo a menos para os meus ais!

Aqui hoje não janto,
Nem espaireço o meu pranto,
Talvez ali, na meia desgastada
Porei o meu corpo na arcada

Assobiarei aos mares
Vil porco desligado
Abraçarei o vidro – casta de azares
Rótulo demarcado!

Seco, suave, frutuoso… rubi
Forte, encorpado, cheio de leveza,
Esta merda de zurrapa que bebi
Titulo- VINHO DE MESA!...

Ah…