sábado, 10 de outubro de 2009


Vilipendiar o amor
É preciso vilipendiar o amor
Maltratá-lo, espancá-lo,
Enforcar o maldito depois de pisá-lo!

Atá-lo a uma árvore à mercê dos elementos!
Debelar esse gueto de sofrimentos!
Vilipendiar o amor
É preciso castrar esse inquisidor!

Que eu era bem menos infeliz
Quando desceste até mim
E eu desci ao perene jardim
Enlaçando-me à ufana raiz!

Vilipendiar o amor!
É preciso vilipendiar o amor!
Envenená-lo com cicuta
Acabar com esse filho da puta!
Ahh…

Oh mãe
Vê ao estado calamitoso a que cheguei
Logo eu
Que sempre amei e me lambusei
Olho por olho, dente por dente
E acabarei cego, desdentado e demente

Vilipendiar o amor
É preciso amá-lo desmesuradamente!